As novas tabelas IRS 2013 foram publicadas esta
segunda-feira em Diário da República.
O Governo acaba de publicar em Diário da República as novas tabelas de retenção
na fonte de IRS, que vão determinar quanto vão receber os trabalhadores de
salário no final de cada mês, tendo em conta o aumento de impostos aprovado
para este ano.
As novas tabelas de retenção refletem não só os novos
escalões de IRS, que são apenas 5 em vez dos anteriores 8, mas também a
reestruturação da taxa adicional de solidariedade de 2,5% e a criação de uma
nova taxa adicional de solidariedade de 5%. Nas novas tabelas é também tida em
conta a redução das deduções à colecta, aprovadas no Orçamento de Estado para
2013.
O Ministério das Finanças assegura que continuam salvaguardadas as famílias de
mais baixos rendimentos e que «3 milhões de sujeitos passivos continuam a não
estar sujeitos a retenção na fonte em IRS». Nos trabalhadores dependentes,
estima-se que cerca de 40% dos salários pagos em Portugal estão excluídos de
tributação em sede de IRS. Nos pensionistas, «cerca de 80% (cerca de 1,4
milhões) dos pensionistas do Regime Geral da Segurança Social que aufiram
pensões de velhice ou de invalidez (total de cerca de 1,8 milhões) não terão os
seus rendimentos abrangidos pela nova tabela de retenção na fonte por receberem
menos do que a retribuição mínima mensal garantida».
O Governo assegura que os subsídios são sempre objecto
de tributação autónoma, não podendo, para o cálculo do imposto a reter, ser
adicionados às remunerações dos meses em que são pagos ou postos à disposição,
mesmo quando são pagos em duodécimos.
Setor privado pode escolher quando aplica novas
tabelas
As empresas do setor privado vão poder optar se aplicam as tabelas de retenção
na fonte de IRS para 2013 aos salários de janeiro ou apenas em fevereiro.
O Governo estima por isso que «cerca de 80% dos
sujeitos passivos que venham a receber o subsídio de Natal em duodécimos
durante o ano de 2013 irão manter ou aumentar o seu rendimento mensal líquido».
Recorde-se que os trabalhadores têm cinco dias após a
entrada em vigor da lei que aprova a diluição dos subsídios para escolher se
querem recebê-los por inteiro ou em duodécimos. Essa lei aguarda ainda a
aprovação do Presidente da República, depois de ter sido aprovada na Assembleia
da República.
Veja os exemplos do Ministério das
Finanças
Novas tabelas IRS 2013 estão publicadas. O
Ministério das Finanças libertou algumas simulações, da sua responsabilidade.
Exemplos práticos do Ministério das Finanças
EXEMPLO 1: SOLTEIRO, SEM FILHOS, SETOR PRIVADO
Rendimento Tributável: mil euros mensais/14 mil euros anuais
Deduções à coleta: 3.470 euros de encargos com imóveis, 350 euros em
despesas de saúde.
Retenção na fonte: taxa de
13,5%; retenção de mais 44 euros, ou seja, mais 4,4% mensais
Rendimento mensal disponível: rendimento líquido mensal em 2012 era de
790 euros. Este ano, com duodécimos, será de 808 euros (mais 18 euros).
EXEMPLO 2: CASADO, UM FILHO, SETOR PRIVADO
Rendimento Tributável: 1.750 euros mensais/24.500 euros anuais
Deduções à coleta: 3.400 euros de encargos com imóveis, 1.000 euros em
despesas de saúde, 450 euros de despesas de educação
Retenção na fonte: taxa de 14%; retenção de mais 64 euros, ou seja, mais
3,7%
Rendimento mensal disponível: rendimento líquido mensal em 2012 era de
1.348 euros. Este ano, com duodécimos, será de 1.391 euros (mais 43 euros).
EXEMPLO 3: CASADO, DOIS TITULARES, DOIS FILHOS, SETOR PRIVADO
Rendimento Tributável: 1.200 euros mensais/16.800 euros anuais por cada
sujeito passivo.
Deduções à coleta: 4.728 euros
de encargos com imóveis, 1.200 euros em despesas de saúde, 900 euros de
despesas de educação
Retenção na fonte: taxa é de 14,5%; retenção de mais 56 euros, ou seja,
mais 4,7% na retenção mensal.
Rendimento mensal: rendimento
líquido mensal em 2012 era de 936 euros. Este ano, com duodécimos, será de 953
euros (mais 17 euros).
EXEMPLO 4: CASADO, ÚNICO TITULAR, UM FILHO, SETOR PÚBLICO
Rendimento Tributável: 1.750 euros mensais/21.000 euros anuais em 2012,
22.750 euros em 2013.
Deduções à coleta: 3.400 euros
de encargos com imóveis, 1.000 euros em despesas de saúde, 450 euros de
despesas de educação
Retenção na fonte: taxa é de 13%; retenção de mais 91 euros, ou seja,
mais 5,2% na retenção mensal
Rendimento mensal: rendimento
líquido mensal em 2012 era de 1.391 euros. Este ano, com duodécimos, será de
1.409 euros (mais 18 euros).
EXEMPLO 5: CASADO, DOIS TITULARES, DOIS FILHOS, SETOR PÚBLICO
Rendimento Tributável: 1.200 euros mensais/14.400 euros anuais em 2012,
15.600 euros em 2013 por sujeito passivo
Deduções à coleta: 4.728 euros de encargos com imóveis, 1.200 euros em
despesas de saúde, 900 euros de despesas de educação
Retenção na fonte: taxa é de 13,5%; retenção de mais 309 euros, ou seja,
mais 4,7% na retenção mensal.
Rendimento mensal: rendimento
líquido mensal em 2012 era de 948 euros. Este ano, com duodécimos, será de 966
euros (mais 18 euros).
EXEMPLO 6: SOLTEIRO, SEM FILHOS, PENSIONISTA
Rendimento Tributável: 1.200 euros mensais/14.400 euros anuais em 2012,
15.720 euros em 2013.
Deduções à coleta: 500 euros em
despesas de saúde
Retenção na fonte: taxa de 12,5%; retenção de mais 170 euros, ou seja,
mais 5,2% na retenção mensal.
Rendimento mensal: em 2012 era
de 1.092 euros. Este ano, com duodécimos é de 1.116 euros, mais 24.